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Justiça começa a julgar casal acusado do sumiço de sacas de café avaliadas em R$ 63 milhões

Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira e Guilherme Osório de Oliveira são acusados de apropriação indébita qualificada. Segundo as vítimas, 20 mil sacas est...

Justiça começa a julgar casal acusado do sumiço de sacas de café avaliadas em R$ 63 milhões
Justiça começa a julgar casal acusado do sumiço de sacas de café avaliadas em R$ 63 milhões (Foto: Reprodução)

Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira e Guilherme Osório de Oliveira são acusados de apropriação indébita qualificada. Segundo as vítimas, 20 mil sacas estavam guardadas em depósitos deles em Altinópolis, SP. Justiça de Altinópolis, SP, começa audiência com vítimas que perderam sacas de café A Justiça começou a julgar nesta quinta-feira (22) o casal acusado de sumir com 20 mil sacas de café, avaliadas em cerca de R$ 63 milhões, em Altinópolis (SP). Marina Célia Lopes da Cruz Oliveira e Guilherme Osório de Oliveira chegaram a ser presos em janeiro deste ano, mas tiveram a prisão preventiva revogada pela Justiça em abril. Eles são acusados de apropriação indébita qualificada, que é quando a pessoa comercializa ou obtém vantagem econômica em cima do bem de um terceiro. Procuradas, as defesas não comentaram o assunto até a publicação desta reportagem. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Prejuízo milionário Produtores rurais vítimas do casal participaram da audiência no Fórum de Altinópolis nesta quinta-feira, algumas como testemunhas. O prejuízo do produtor Osmar Cardoso da Silva é estimado em R$ 1,6 milhão com o desaparecimento de 675 sacas de café que estavam guardadas em um dos armazéns do casal. “Há 10 anos a gente negociava com eles, nunca teve problema, e agora a última venda que a gente teve estourou o negócio lá. Ele veio a atrasar um pouquinho o pagamento, a gente veio pra conversar com ele que ia tirar o café que a gente tinha. A gente foi no escritório, e aí já não conseguiu encontrar mais eles. É uma sensação de perda mesmo, porque são muitos anos de trabalho que a gente faz pra ter um pouquinho de recurso. É difícil para o agricultor”, diz. A produtora de café Patrícia Crivelenti, que atua na região de Altinópolis e Itamogi (MG) Tiago Aureliano/EPTV Já o prejuízo calculado pela família da produtora Patrícia Crivelenti, que atua na região de Altinópolis e Itamogi (MG), chega a R$ 18 milhões. Segundo Patrícia, ela esteve com o casal um dia antes da fuga para conversar sobre rumores de que o café havia sido desviado. “Nós estivemos no dia 10 de janeiro, não avisamos que viríamos justamente pelo nível de preocupação que meu marido estava e decidimos fazer uma visita. Tocamos a campainha, demoramos ser atendidos. Fomos atendidos pelos dois e nessa conversa nós fomos percebendo que aquele estoque que eles falavam não existia”, afirma. Segundo Patrícia, a família era cliente de Marina e Guilherme desde 2020 e confiava no trabalho deles. “Eles sempre dizendo que iriam acertar, que iriam pagar, mas a cada momento que a conversa evoluía, nós sentimos muito nervosismo da parte deles e ao mesmo tempo o estoque diminuindo a cada momento. Quando nós retornamos aqui ao domingo, conforme combinado, eles já haviam desaparecido.” Fórum de Altinópolis, SP Tiago Aureliano/EPTV Denúncia O caso corre em segredo de Justiça. A previsão é que a sentença saia nos próximos dias por causa da grande quantidade de pessoas que devem ser ouvidas. Entre elas estão os réus, testemunhas e as vítimas. Marina e Guilherme foram denunciados por 55 produtores rurais em janeiro deste ano. Galpão de armazenagem de café encontrado vazio pela Polícia Civil em Altinópolis, SP Reprodução As vítimas usavam os galpões do casal para armazenar a colheita para ser negociada futuramente. Após as denúncias de que a mercadoria tinha desaparecido, policiais estiveram nos endereços apontados e encontraram os depósitos vazios. A suspeita é de que a produção tenha sido vendida no exterior. Pelo menos 22 bens do casal foram bloqueados pela Justiça. Os dois atuavam no ramo de armazenagem de grãos há dez anos e tinham uma relação próxima com os produtores que foram lesados. O casal chegou a ser considerado foragido e teve a prisão decretada. No dia 28 de janeiro, Guilherme e Marina foram encontrados em Caraguatatuba (SP) e ficaram presos até abril. Em liberdade, eles cumprem medidas cautelares impostas pela Justiça. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região